No contexto das minorias sexuais e do sofrimento que elas podem experimentar, os últimos anos testemunharam uma tendência enfatizando a ideia de que os fatores de proteção podem conter os comportamentos de risco, ao mesmo tempo em que enfatizam que nem todas as minorias sexuais experimentam angústia. No entanto, os fatores de proteção têm sido estudados com menos frequência do que os fatores de risco. Na medida em que os fatores de proteção são identificados entre aqueles em risco de sofrimento psicológico e comportamentos de risco, as estratégias podem procurar abordar o risco, aumentando esses fatores de proteção. O presente estudo teve como objetivo expandir o conhecimento nesta área, examinando simultaneamente fatores de proteção e risco, bem como examinando a associação entre orientação sexual, sofrimento psicológico, senso de coerência (SOC), apoio social (por exemplo, relacionamentos parentais e pares) e uso de álcool e cannabis entre jovens adultos israelenses. Um questionário autorreferido foi distribuído a 496 adultos jovens: 254 participantes heterossexuais e 242 homossexuais. Como hipotetizado, os participantes com uma orientação para o mesmo sexo relataram maior sofrimento psicológico, menor SOC, um relacionamento mais fraco com seus pais e um maior uso de álcool e cannabis do que os participantes heterossexuais. Análises de regressão indicaram que baixo SOC, baixo apoio familiar e baixo apoio de pares predisseram maior sofrimento psicológico. No entanto, a orientação sexual não foi encontrada para prever os níveis de angústia entre os jovens adultos em Israel. Da mesma forma, não foram encontradas associações entre o uso de álcool e cannabis e o sofrimento psicológico. Os resultados são discutidos no âmbito de fatores de resiliência que podem servir de barreira ao sofrimento e ao uso de substâncias psicoativas entre os jovens adultos em geral e as minorias sexuais em particular.