O transtorno do uso de drogas ilícitas é uma das condições de saúde mais estigmatizadas do mundo. Estigmatização é a marca da vergonha, desgraça ou desaprovação. Pode afetar a autoestima e a confiança das pessoas, ajudar a interromper suas relações familiares, contribuir para sentimentos de isolamento e rejeição e dificultar muito a recuperação.

Um estudo recente, publicado no Journal of Addiction Research and Theory,analisou a estrutura do estigma público do transtorno do uso de substâncias. A Pesquisa Participativa Comunitária (CBPR) foi realizada em Chicago. Os pesquisadores executaram grupos focais com membros do público, incluindo usuários atuais de drogas, ex-usuários de drogas, familiares e prestadores de serviços. As discussões realizadas examinaram os temas de estereótipos, preconceito e discriminação de indivíduos com transtorno do uso de substâncias.

Os resultados do estudo descobriram que os temas do estereótipo para pessoas com SUD incluíam perigoso, autodestrutivo, sem esperança e sem valor, e sem potencial de trabalho. Os temas do preconceito incluíam medo, piedade, confusão e indiferença. Os temas para a discriminação incluíam evitar, suspeitar e rejeição completa.

O estigma pode levar a experiências negativas em cuidados de saúde, relações pessoais, emprego e educação. Pode evitar uma recuperação bem sucedida. É urgente que mais pesquisas entendam as bases do estigma público, bem como estratégias que possam ser colocadas em prática para reduzir o estigma em relação a essa população.