Os principais avanços da investigação nos últimos 30 anos no domínio da prevenção do consumo de substâncias serviram para:

(1) ampliar a compreensão dos efeitos farmacológicos sobre o sistema nervoso e das consequências sociais e de saúde do uso de substâncias psicoativas, particularmente para crianças e adolescentes;

(2) delinear os processos que aumentam a vulnerabilidade ou protegem o início do uso de substâncias e a progressão para transtornos por uso de substâncias (SUDs) e, com base nesse entendimento,

(3) desenvolver estratégias e práticas eficazes para prevenir o início e a escalada do uso de substâncias.

O desafio que enfrentamos agora como campo é "normalizar" o que aprendemos com essa pesquisa para que ela seja incorporada ao trabalho daqueles envolvidos no apoio, planejamento e entrega de programas de prevenção para populações em todo o mundo, seja integrada aos sistemas de saúde e de serviços sociais e ajude a moldar políticas públicas. Mas queremos ir mais longe, incorporar estas práticas eficazes de prevenção na vida quotidiana e nas mentalidades do público, em particular dos pais e educadores. Este artigo revisa os avanços que têm sido feitos no campo da prevenção e apresenta uma estrutura e recomendações para alcançar esses objetivos geradas durante várias reuniões de pesquisadores científicos de prevenção e implementação patrocinadas pelo Consórcio Internacional de Universidades para a Redução da Demanda de Drogas (ICUDDR) que orienta um roteiro para alcançar a "normalização".