Revisão sistêmica de Revisões Sistêmicas encontra inúmeros e diversos malefícios com o uso da maconha
Pesquisadores tentaram avaliar os malefícios globais associados ao uso de maconha e potencialmente definir o uso arriscado de maconha em uma revisão sistemática de revisões sistemáticas. Foram analisadas 44 revisões sistemáticas, incluindo mais de 1053 estudos diversos, com uma classificação AMSTAR 2 média de 60,1%, indicando baixa e moderada qualidade. O dano foi dividido nas três categorias seguintes: danos à saúde mental, dano somático e dano físico. Os autores descobriram que o uso de maconha, particularmente frequente e uso pesado, esteve associado ao aumento de danos em cada uma das três categorias com danos à saúde mental, incluindo psicose, esquizofrenia, idade precoce no início da psicose, transtorno bipolar, depressão e ansiedade; danos somáticos, incluindo efeitos respiratórios como chiado, falta de ar, tosse, produção de fleuma e dispneia; desenvolvimento de tumores de células germinativas testiculares; e várias condições cardiovasculares, incluindo derrames isquêmicos, derrames hemorrágicos, doença isquêmica do coração e tromboangiite obliterans; prejuízos cognitivos, incluindo déficits de memória e aprendizagem, redução da realização educacional, mudanças na função psicomotora, função executiva, atenção e concentração; bem como danos físicos, incluindo aumento do risco de ideação suicida, tentativas de suicídio, colisões de veículos automotores e vítima de homicídio.
Embora esses malefícios sejam numerosos e diversos, existe na literatura uma escassez sobre o que define o uso frequente, a quantidade de maconha consumida e o tipo de produtos utilizados em relação aos malefícios do consumo de maconha, ressaltando tanto a necessidade de uma pesquisa científica sólida quanto a prioridade da saúde e segurança da população antes da legalização.