Globalmente, mais de 2 milhões de novos casos de câncer de mama são relatados anualmente. Só os Estados Unidos têm mais de 496.000 novos casos a cada ano. A prevalência mundial é de aproximadamente 6,8 milhões de casos. Embora muitos fatores de risco para o câncer de mama não sejam modificáveis, entender o papel dos fatores que podem ser alterados é fundamental. O consumo de álcool é um fator modificável. Estudos de álcool em relação à incidência de câncer de mama incluíram centenas de milhares de mulheres. As evidências são consistentes de que a ingestão, mesmo que a ingestão de menos de 10-15 gramas por dia, está associada ao aumento do risco dessa doença. Além disso, evidências, embora menos extensas, mostram que possíveis indicadores precoces de risco, como doença benigna da mama e aumento da densidade mamária, estão associados ao consumo de álcool. As evidências são menos fortes para diferenças baseadas em região geográfica, tipo de bebida, padrão de consumo ou subtipo de câncer de mama. Alguns estudos têm examinado a associação entre álcool e recidiva ou sobrevivência após o diagnóstico de câncer de mama. Esses achados são menos consistentes. A conscientização pública sobre o álcool como fator de risco para o câncer de mama é baixa, e as medidas de saúde pública para aumentar essa conscientização são justificadas.