O Papel do uso de álcool e padrões de consumo nas desigualdades socioeconômicas na mortalidade
A situação socioeconômica (SES) pode ser considerada como uma medida da posição social de um indivíduo ou familiar em relação a outras que medem fatores como educação, renda, tipo de ocupação e local de residência.
Pesquisas indicam que indivíduos com menor nível socioeconômico (SES) são mais propensos a sofrer danos relacionados ao álcool em comparação com indivíduos da SES mais alta.
O objetivo deste estudo foi examinar o papel do uso de álcool e dos padrões de consumo nas desigualdades socioeconômicas na mortalidade.
A revisão sistemática, publicada na Lancet Saúde Pública, analisou dez peças de pesquisa que atenderam aos critérios de inclusão.
A partir da análise, os pesquisadores descobriram que:
- Uso de álcool explica até 27% das desigualdades socioeconômicas na mortalidade
- A proporção de desigualdades socioeconômicas explicadas sistematicamente difere do padrão de consumo em vez da quantidade, com o consumo episódico pesado tendo um valor explicativo potencialmente significativo.
Os pesquisadores reconheceram que a relação entre o uso de álcool, a SES e os riscos de mortalidade é complexa e um assunto que merece um estudo mais aprofundado. No entanto, seu artigo destaca que não é suficiente examinar a quantidade média de álcool consumida sozinha, mas, em vez disso, estudos futuros também devem levar em conta o comportamento de consumo.
Eles concluem:
"Embora o enfrentamento do uso de álcool e da mortalidade atribuível ao álcool continue sendo uma estratégia promissora para reduzir as desigualdades em saúde, é preciso uma melhor compreensão das complexas relações entre o uso de álcool, a SES e os riscos de mortalidade para informar efetivamente o desenvolvimento das políticas de saúde da população."